domingo, 15 de julho de 2007

UMA PESSOA TEMPORÁRIAMENTE DESINTERESSANTE

Acordei com vontade de mudar. Buscar alguns valores que ao longo dos dias me esvaiu e retomar o modo de vida que eu tinha a tempos remotos. Há muito que estava num processo de auto-alienação em troca de conversas fúteis e desinteressantes. Talvez tenha me tornado nesse período, uma pessoa desinteressante.
Ser interessante, possuir conteúdo, estar sempre antenado e bem informado me faz melhor, gosto disso, mas percebi que me deixa muito mais solitário.
Ao tempo que me deixei levar pela vida cotidiana, tive ao meu lado amigos especiais, que quero mantê-los ao meu lado, mesmo que eu não seja mais tão interessante para eles.
Não acompanhei a festa do Pan, embora fiquei chocado com a atitude dos cariocas em vaiar efusivamente o presidente Lula e aplaudir com a mesma ênfase o prefeito Cesar Maia. Foi a voz da burguesia a favor da burguesia. Mas não me prolongarei dentro deste assunto e sequer vou opinar sobre as podridões políticas que nunca param de aparecer.
O que quero de fato é buscar entender o mundo, pois é para isso que me faço presente e é nisso que devo debruçar minha inteligência, se é que tenho, mesmo que isso não seja interessante pra ninguém!

Um comentário:

Fábia Zuanetti disse...

Gostei do seu texto, Luizinho. Essa é uma realidade - infelizmente. As pessoas preferem a futlididade pra que seja possível negar a responsabilidade que cada um tem para com o mundo.
Quanto mais nos instruímos, mas nos sentimos solitários, pois menos afinidades encontramos com a maioria das pessoas. Pode acreditar que este não é um sentimento só seu. É difícil encontrarmos pessoas com esta mesma disposição. Mas o interessante encontra-se exatamente aí, em ser diferente, em viver na contra-mão do mundo.