terça-feira, 17 de janeiro de 2012

RELEITURAS - FILOSOFIA BARATA


Este é o ano do quinto aniversário do blog MicroPoesiaHumana. O tempo passou e eu não percebi o tanto de coisas que tenho escrito aqui no decorrer desses anos. Para mim é uma satisfação enorme isso e para comemorar estou planejando reunir os textos e os poemas num livro e fazer um novo design para deixá-lo mais moderno e simpático. Enquanto tento patrocínio para fazer essas mudanças, vou postar alguns textos que escrevi no passado e que acho que vale a pena reler.

Este aqui eu escrevi no dia 2 de agosto de 2007.

FILOSOFIA BARATA
Derrepente a gente entra numa ilusão de que as coisas tendem a se modificar por si só, e acreditamos meio que extasiado de que seremos melhores na velhice do que na juventude, o que ao meu ver não passa de uma panacéia futurista de quem tem medo do amanhã, como se futuramente a humanidade será outra senão essa mesma na qual vivemos.
E ai me lembro de Schopenhauer, quando diz " somos apenas um ponto, dentro de um pequeno planeta perdido na imensão do universo". Infantilidade a nossa, acharmos que essa mesma humanidade não nos acompanha ao longo dos nossos anos que nos enfraquece lentamente, tornando nosso caminhar cada vez mais penoso, a ponto de recorrermos a nossa terceira perna, antropológicamente falando, da qual todos nós bestializados estamos fadados. Alguns enfeitam as com ouro, outros apenas madeiras de baixa qualidade. Tão fragéis quanto as próprias pernas. Sem falar naqueles que nem a terceira perna são capazes de manusear, acabam em rodas mecanicas.
Não acho que isso desmerece nosso conhecimento, mas ele fica pormenorizado perante nossa fraqueza física e mental, que nos leva a rejeitar os próprios olhos e a negar a própria existência. Mas incapaz de se aceitar dentro de uma realidade que já não nos pertence e o do pouco que ainda detemos, somos ignorantes de engrandecê-los, se gabar em vantagens aos que correm alienados numa humanidade renovada, cujo fim, será o nosso. Que maldição essa!
Alguns acreditam em Deus, outros na Ciência, os mais espertos em nada. Pois o nada é a razão de tudo e é nela que tudo se constrói. Eu sou fruto do nada, a nadificação de Sartre! Não quero me preocupar com esse amanhã que nada mais é do que o reflexo de hoje, perdido em horas mortas. Viverei dentro do meu tempo, mesmo que meu tempo seja ontem e o hoje seja simplesmente a construção do ontem, ou seja a minha razão.

2 comentários:

Frida disse...

Parabéns pelo aniversário do blog, que você possa escrever seu livros. Abraços

Frida disse...

Parabéns pelo aniversário do blog, que você possa escrever seu livros. Abraços