quarta-feira, 31 de julho de 2013

DESCONFORTO


 Os homens são suscestíveis ao surto, inclusive eu. Por mais que pareça equilibrado, inteligente e ponderado há momentos em que me sinto um verdadeiro selvagem. Me falta a lucidez e o bom senso e cometo as mesmas atrocidades que condeno.
 Depois da ressaca causada pela fúria instantânea, alguém me consola e eu me culpo friamente por não ter tido uma postura amena diante daquilo que apenas supunha ser verdadeiro, considerando que não existe verdade fora da realidade visível aos olhos.
 A minha cabeça ferve, meus músculos doem, meus olhos lacrimejam enquanto o vazio se faz presente. Nâo há nenhuma causa aparente para tamanho desconforto. Apenas a ideia de uma possível traição antes mesmo de se ter posse.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

PENSAMENTO PERDIDO



A FELICIDADE SOLITÁRIA DAS PLANTAS

As plantas é que são felizes.
Imóveis, sentem o balanço do vento
Sem se esquivar da sua postura feliz.
Não precisam chorar para ter perspectiva
Nem mesmo construir um mundo areal
O sonho não existe e a beleza é pura
Busca esperança em crescer
Para manter vida longa.
Seu destino.
Ignoram os sentimentos alheios
E pouco se incomodam com a solidão
Bastam por si só, sem agonia.
Plantas de raízes fortes, caudas robustas, folhas singela
De aparente fraqueza, porém infinita e múltipla
A realeza de uma vida independente.
E nós que pensamos não somos felizes.
As plantas sim.


LUIZ BRITO

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A VIDA COMO BARRA DE CHOCOLATE MEIO AMARGO


Como eu preciso escrever, corro por aí sem rumo na tentativa de buscar as palavras, mesmo as mais mórbidas pra explicar uma certa vivacidade que me domina e que me cerca de tantas falsas alegrias, ou pode não ser tão falsas assim, só o tempo dirá. Mas para mim que já me habituei a lidar com os fracassos de amores é sempre melhor se precaver tomando banho frio de vez em quando do que deixar o calor dominar meu corpo por inteiro. O mais importante é que apesar do contraste, das divergências, cumplicidades, revelações, decepções e encantamentos os dias vão se passando e uma história vai se construindo sem um final previsivel. Muita coisa ainda há por acontecer, mas por enquanto a vida está como uma barra de chocolate meio amargo

terça-feira, 2 de julho de 2013

NOVA IDADE, VELHOS ERROS



 Começo hoje o ciclo do 35º ano de vida.Um momento muito especial para mim que venho experimentando novas e boas experiências. Cada dia é uma novidade e nada se repete. Não vou dizer que estou mais amadurecido, pois continuo a repetir erros do passado. Confesso não ter aprendido o conselho de "um erro é o suficiente para não comete-lo novamente", acho que persistir em erros faz parte do meu destino e eu não me culpo por isso e não guardo ressentimentos solitários, embora eu ainda seja muito auto-crítico.
 Entro nessa nova fase da mesma maneira que sai da anterior. A diferença talvez esteja na barba rala que fiz questão de manter depois de relutar contra e considerar o barbear matinal um ritual diário sagrado, mas de resto não sinto que tive grandes avanços mentais que me blindasse de cair em tentação e repetir aquilo que já me prejudicou.
 Eu gosto do erro se ele me traz uma certa satisfação momentânea e a experiência vivida ao invés de me precaver me fortalece em superação.