domingo, 24 de maio de 2009

MEU AMOR PELA AVENIDA PAULISTA


Hoje resolvi contar uma história que tirei do armário da memória e que tenho como uma grande aventura da minha adolescência.
Não sei bem quantos anos eu tinha, mas deve ter sido pelos quatorze de idade, decidi que conheceria a Avenida Paulista.
Um dia, quando eu era apenas um menino, meu pai me mostrou pela janela do ônibus, apontando com o dedo o horizonte, algumas torres iluminadas que ficavam numa sequencia, uma ao lado da outra, algumas mais altas, outra nem tantas, mas todas muito encantadoras pela beleza ordenada dos piscas metálicos das antenas que brilhavam a noite.
São como grandes arvores de natal montadas fora de época. Para aumentar minha curiosidade e interesse, uma novela da época tinha a Paulista como cenário, aumentando o meu fascínio por ela.
Passei a estudar a avenida mais importânte da cidade. O cartão postal, a mais poderosa, a mais elegante e até então a mais distante.
Até que uma certa vez, tomei coragem e decidi que iria conhecer a avenida Paulista naquele dia. Me aprontei como se fosse para a escola, peguei o material e sai. Não contei para ninguém, apenas fui ao ponto de ônibus que passava por ela, pedi gentilmente ao cobrador que me deixasse passar por baixo da catraca, o que não foi difícil apesar da minha efêmera vergonha. E sem escolher muito, me sentei na primeiro banco livre que vi, ao lado do meu primo que me perguntou o que eu fazia naquele ônibus com uma mochila nas costas e no horário de aula.
Tremi e processei uma mentira rápida para me justificar, talvez eu tenha dito que ia procurar um emprego, mas sei que não o enganei. No entanto, ele foi muito meu amigo e acabou me revelando que trabalhava por aqueles lados e me levaria para conhecer a avenida Paulista.
Fui feliz durante a viagem, mas meu coração abalou mesmo quando o ônibus desceu o chamado buraco da Paulista e entrou na majestosa avenida, cheia de prédios modernos e monumentais. As pessoas, o trânsito, os camelôs, as vitrines, os faróis, tudo era lindo.
Meu primo foi para o trabalho e eu não me cansei de ir a pé sentido Paraíso e voltar para a Consolação, fazendo uma rápida parada no vão do Masp para entender aquela arquitetura.
Foi uma grande aventura para mim que pouco saia do bairro onde morava e moro até hoje e a trilha sonora que marcou ela foi Strangelove do Depeche Mode, que era um grande hits na época e até hoje, acho ela a cara da avenida Paulista, mais até do a música Paulista do Eduardo Gudim, que eu também adoro e me faz lembrar um outro momento da minha relação com a avenidade, essa quando nós já eramos intimos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

FANTASIAS & FANTASIA

Fantasias
Fantasias
Que bobagem
Fantasia
Deixa
Fantasia
Bobagem
Bobagem
Fantasia.
Idiota
Fantasia
Besta
Fantasia
Onde
Sou
O
Palhaço!
Fantasia
Fantasias.

LUIZINHO BRITO

sexta-feira, 1 de maio de 2009

FETICHE

Me inspirei para falar sobre fetiches. Nunca tinha parado para pensar que somos tomados por fetiches que se dIsfarçam em meros desejos secundários, mas que em determinados momentos nos tomam como fogo e então, ficamos inebriados por uma sensação quente de quem quer realizar aventuras loucas, correr riscos e ter o ápice do prazer proibido.
Sugiro que se crie o dia do fetiche onde todos eles, de todo mundo, se realizem sem pudores, julgamentos ou falsos moralismo.
Creio ser interessante vermos um mundo "fetichado", que na minha sutil avaliação, bastante superficial, se transforma na verdade do homem. Nos instintos sexuais obscuros, nas profanas fantasias libidinosas das mulheres e no escárnio.
É uma verdadeira bobagem isso que escrevi, mas tive muita vontade de faze-lo e fiz, pensando num fetiche.