terça-feira, 26 de janeiro de 2010

TEXTO CONFUSO, MAS COM CERTO SENTIDO!


Hoje acordei pedindo a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida, assim como o grande poeta Cazuza. Sair de um pseudo-amor conturbado e cheio de fantasmas é uma tarefa para poucos.
Eu não acredito em relacionamentos felizes, muito contrário disso, vejo entre os casais que conheço e até pela própria experiência que a felicidade é um objeto de adaptação contínua dos prazeres. Aliás, poucos prazeres digamos.
Sendo assim, acaba sendo a felicidade dos casais os momentos de prazeres. Desde os carnais até os das conversas diurnas na mesa do café da manhã. E tão logo acabam esses momentos, os fantasmas, muitas vezes reais, se apoderam das mentes e dos corações e então começa-se a racionalidade e as dúvidas. E a tal felicidade se esvai e logo reaparece outra. Acho que é um estágio da vida cotidiana.
É bem possivel que eu esteja blefando, mas enquanto não amadureço a minha opinião filosófica e empírica sobre a felicidade, vou vivendo os momentos de prazeres, mesmo que poucos e achando com isso que sou feliz. Vou ao shopping.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

DICA DE LEITURA - CEM ANOS DE SOLIDÃO


Por enquanto estou empenhado em terminar a releitura do maravilhoso " Cem Anos de Solidão". Uma nova edição deste clássico foi lançado no final de 2009, com um belíssimo depoimento do tradutor Eric Nepomuceno como introdução onde ele narra a vida do escritor colombiano Gabriel García Márquez durante a construção do romance que lhe deu o Prêmio Nobel de Literatura em 1982. Além disso, a obra relançada pela Editora Record, traz o discurso que o autor fez no momento em que recebeu a grande premiação.
Eu sou fã de García Márquez e para mim, reler a saga da família Arcádio Buendia e de todas as gerações que dela provém é como viajar em férias para um lugar fora do mundo.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

UMA LINDA ORAÇÃO PARA OS QUE ACREDITAM NA FORÇA DOS ORIXÁS


ORAÇÃO PARA OS ORIXÁS
Deus salve o Grito do grande Rei Xangô, que expulsa de nosso meio médiuns mentirosos e charlatões!

Deus salve a Espada de Ogum, que corta de nossos caminhos os que alimentam o ódio e a inveja!

Deus salve a Flecha de Oxossi, que mata o pássaro da maldade e da traição!

Deus salve as Águas de Oxum, que lava nossos caminhos da mentira e da falsidade!

Deus salve os Ventos de Iansã, que expulsa os que alimentam pensamentos de promiscuidade e infidelidade!

Deus salve as Águas de Iemanjá, que lava nossos terreiros dos que alimentam a falta de amor e respeito ao próximo!

Deus salve as Chuvas de Nanã, que trazem o peso da responsabilidade, afastando os ociosos e oportunistas!

Deus salve o Cajado de Omulu, que expulsa as doenças do egoísmo e da desordem!

Deus salve Nosso Pai Oxalá, salvaguardando nossa Umbanda daqueles que ainda não conhecem o verdadeiro sentido da caridade!

DEUS SALVE A NOSSA UMBANDA! … e não desampare os que ainda se arrastam pelos caminhos da ignorância e da hipocrisia

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A PRIMEIRA PÁGINA DO CADERNO LIVRE


O que me restou foi esse nobre e singelo caderno para viajar pelo pensamento e registrá-los de alguma maneira nesse momento de doce sofreguidão.
Não vou seguir nenhum critério de escrita, apenas colocarei minhas memórias, sem lapidações ou consertos, o pensamento na sua forma bruta, como bruta é a paixão pura, a mesma que dilacera o fígado regado a grandes doses de conhaque quente.
Já que perdi novamente e por estar acostumado a perder, busco uma saída alternativa, algo que supra a minha necessidade de expressar as divagações. E este caderno pobre e barato terá essa missão, a de confortar um coração inebriado por pensamentos sôfregos.
Isso não quer dizer a quem tiver a sorte ou o azar de folhear suas páginas, que encontrarão somente versos tristes e lamentações. Esses se enganam, porque o sofrer de amor ou da falta dele gera risos, seja de falsas alegrias ou de desespero, não importa, ele é engraçado.
Por isso digo que esses momentos são de doce sofreguidão, porque o amargo se alterna com a doçura de poucos instantes de puro gozo mecânico.
Enfim, este caderno é livre, como livre deve ser o pensamento e a inspiração.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

TRISTE POEMA POBRE DE UM DESABAFO SEM FIM


Sinto falta de um amor que me ame na proporção
Do amor que te dou.
Acontece que esse amor existe, eu sei.
Está pronto para me salvar desse precipício em que me encontro.
Eu, totalmente perdido na tentativa frustrada
De construir um destino que não é para dar o certo.
E te dou o amor que tenho em grande proporção
Como quem se doa ao abismo de um desejo mal resolvido, incompreensível.
Que de tão febril, sangra até doer.
Eu não suporto mais, embora persisto nesse precipício que é cada vez mais fundo.
Parece morte mas é a desilusão pela vida. E enquanto insisto nisso,
Sei que tem alguém me esperando, mas que renego teimoso.
Por covardia e arrogância. Idiota, prefiro a angústia no meu peito. Ah Deus!
Sinto vontade de chorar, mas o choro me falta porque nessas horas sinto raiva.
Raiva de ti que agrado como posso, mesmo sem saber o que te agrada.
Lamento! Mas tem alguém que não me quer nada
E que minha insegurança, minha desconfiança. Meu coração repulsa.
Simplesmente porque escolhi cair com você no precipício. E o precipício será o meu fim, fim do abismo.
Terra da tristeza e da solidão.

domingo, 3 de janeiro de 2010

PROMESSA DE INÍCIO DE ANO - REVER AS CONQUISTAS


Dentre as tantas promessas que fiz para o ano que se inícia, uma me fez retomar a outra pessoa que fui no passado. Anos depois, quando eu penso que sei muito da vida por conta de experiências que suponho ter adquirido, me volto a pensar como a dez anos atrás e vejo uma pessoa em busca de crescimento espiritual, cheio de desafios, planos, projetos e sonhos. Não tinha noção de que conseguiria realizá-los porque muitas delas não passavam de promessas de início de ano, como as atuais. E os anos passaram e sem que eu percebesse os sonhos foram pouco a pouco se concretizando e eu amadurecendo. Ganhei maior segurança para enfrentar a vida, aprendi coisas, tomei conhecimentos que antes ignorava e assim, no dia a dia, numa luta silenciosa, morosa e incansável fui conquistando espaços, conhecendo gente, falando com mais propriedade e me tornando uma pessoa feliz, mesmo sem me atentar de que era felicidade o que eu sentia.
Hoje, quando trago no peito uma soberba de quem envelheceu um pouco mais e o pensamento de quem já possui experiência por experimentar de tudo um pouco, sinto uma necessidade enorme de voltar ao passado recente, o mesmo daquele jovem sem rumo, inseguro, fraco, tímido e cheio de sonhos, porque parece que estagnei na faculdade do sonho. Não consigo planejar muita coisa para o futuro tendo a impressão de que cheguei ao fim da história, da minha história. E que daqui para frente só tenho frutos a colher e nada mais a plantar. Isso apesar de me entristecer, me faz refletir sobre nossas conquistas e sonhos e acabo por concluir que as vezes na vida precisamos descer um pouco do pedestal com a mesma sabedoria com que subimos para repavimentar os degraus e rever nossas conquistas para que elas sejam fonte inspiradoras para novos sonhos, planos e objetivos.