quinta-feira, 23 de abril de 2009

OS MELHORES AMIGOS DAS NOSSAS VIDAS


Ontem acordei depressivo e não sabia qual o motivo desse estado de espírito. Nem sei ao certo se é estado de espírito ou emocional, mas para mim, esses dois estados coexistem e interagem entre si.
Fiquei a manhã toda envolto numa indisposição que a tempos não sentia, ouvindo as musicas mais tristes possíveis e até com uma pontinha de negatividade quanto a vida e a felicidade. Tava mais pra lá do que pra cá, se é que me entendem os caros leitores.
Me queixei apenas para dois grandes amigos, ou então, aos dois melhores amigos do momento.
Eu digo do momento, porque outros amigos já passaram em minha vida e naqueles momentos foram os melhores.
Os melhores amigos são aqueles que nos acompanham no nosso cotidiano, compartilham das nossas alegrias, tristezas, frustrações, desejos e intimidades.Muito entendem do que somos e pouco opinam. Modestia parte, eu também me preocupo muito mais em compreender meus amigos do que opinar sobre o que é certo ou errado. Sou companheiro e os amigos me retribuem com o companheirismo deles, assim somos os melhores amigos.
E como não sou de poucos amigos, tive melhores amigos em várias situações da vida. Amigos que atualmente nos vemos com pouca frequencia, mas que mantem a mesma fidelidade de antes. Certamente, eles estão com outros melhores amigos, assim como eu.
A vida é feita de fases, momentos, situações. E para cada uma delas, temos aquelas pessoas especiais que nos acompanham e compartilham durante a jornada. O bom é que a verdadeira amizade não se desfaz como líquido. Ela é sólida como pedra, mesmo que estejam em lugares distantes, ainda assim, permanecem na nossa vida.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O VELHO

Estou velho na idade.
Me passaram décadas e eu sequer percebi
o peso das costas cansadas diante da minha alegria em viver
Vivo o sonho, como qualquer criança.
Concretizo minhas travessuras.
Revivo a nostalgia de um tempo
Como agora faço.
E assisto minha vida pela tela da memória.
Lento, suave, triste e alegre ao mesmo tempo. Um belo drama!
Acordo com meus olhos nas rugas das mãos que apoia a bengala.
Sorrio em frente o espelho como um matusalém
As dores reumáticas me alertam de que vivo
Paro. Ouço atentamente uma música do meu tempo de menino
Eu me sentava na beirada da cama pra sonhar com o futuro
Ingênuamente a mente me enchia de cenários felizes.
E hoje, apoiado nessa bengala, sou um velho.
Feliz por ser e viver.
Como nunca imaginei antes.
O passado de hoje foi ontem o meu futuro ,
Que hoje celebra comigo a delícia do presente.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A MODA DO TEXTO

Eu não acredito em coincidências, mas admito que por várias vezes fui obrigado a aceitá-las. Eu ia escrever um texto sobre uma coincidência, mas me lembrei que tenho uma vontade enorme de ficar famoso pelos meus escritos. Sempre admirei os diálogos muito bem elaborados dos seriados de tv, os livros que falam da contemporaneidade e das coisas da moda. Até achei que não seria muito difícil fazer isso porque tudo está na moda. É o retrô, o metrô, o vovô, enfim... Tudo é moda.
Quero ficar na moda também! Aparecer nas colunas sociais, lançar livros na livraria Cultura, ser entrevistado por outros famosos. Quem sabe até ganhar uma coluna no jornal, Caderno 2 ou no Ilustrada e escrever bobagens por falta do que dizer, que ainda assim terei o respeito das pessoas. Falaria piadas nas rádios jornalísticas pra alegrar os engarrafados no trânsito da avenida Pompéia. Píadas inteligentes é claro, dessas que brincam com as próprias desgraças.
Ser um intelectual da mídia, como aquele cineasta que fala de tudo menos de cinema e pelo que já ouvi falar dele, parece que fez um único filme sem sucesso e a crítica sentou a lenha, ou seja, meteu o pau, chamou de ruim mesmo! No meu caso, eu falo de cinema, estou sempre antenado no que acontece no mundo. Mas enfim... Um dia chego lá!
Será que a moda é ser intelectual ou é intelectual ficar na moda? Para me preparar melhor, fiz assinaturas de várias revistas da moda, tipo, Caras, Coros, Coroas e Criativas, pra ler o que os intelectuais estão pensando. E não é que já estou quase pensando igual a eles gente?

Das coincidências não me lembro mais porque me dediquei a escrever esse texto, para ver se ele entra na categoria dos escritos da moda, que não fazem sentido nenhum, mas que prendem a atenção de quem o lê e ajuda a passar o tempo.