quarta-feira, 20 de abril de 2011

DO MEIO DO NADA ONDE MORAM AS IDEIAS




Do meio do nada, esquisito falar isso, tive uma ideia. Ideia que vem do meio do nada nem deveria existir, no entanto pausei a ideia e pensei como poderia surgir uma ideia no meio do nada, se nada é inimaginável. O que seria o nada? E o meio dele? Mas no meio do nada eu tive uma ideia!
Deixa a ideia descansar e vamos voltar ao nada e o meio do nada de onde tiro as minhas maiores maluquices, os meus delírios e os meus anseios. Percebo que algo de concreto, perceptível aparece. Foi assim com meus poemas, com algumas porcarias que escrevi e que as pessoas admiram. Não sei se admiram mais minhas doideiras parafraseadas do que eu, mas enfim, o curioso é que o que toma algum espaço e tempo ao meu redor surgiram do meio do nada. Nem tempo, nem espaço, nem física, nem química, imperceptível! Eu mesmo desconfio que nasci de dentro do nada, bem antes de surgir o homem até suas primeiras experiências espermatozóicas, até chegar a existência de meus pais para enfim surgir eu ali de esperma aos trinta e poucos anos de vida, de nada havia de existir.
A própria Biblia afirma que o mundo surgiu do meio do nada. Deus estava no meio do nada. Eu ainda agora estou no meio do nada buscando uma ideia. Buscando não, ela já veio só está ali descansando enquanto tento resolver essa equação filosófica que me veio do meio do nada.
Mudar o mundo a partir do meio do nada. Acho que o meio do nada deve ser o lugar onde todos os espíritos se encontram para confabularem quanto a vida na Terra e vai lá saber se eles, todos desprovidos materialmente, não imaginam o Mundo como o meio do nada? O meio do nada deles pode ser justamente o nosso mundo assim como eu agora penso que o meio do nada é o Nosso Lar.
Acho que vou escrever um romance que tenha como enredo o meio do nada de tanto que esse lugar infernal que jogam as ideias mais insanas como labaredas vulcánicas em erupção me perturba no dificil trabalho investigativo de identificá-lo.
Enquanto a ideia descansa, uma fila de novas ideias estão tentando invadir essa minha reflexão do meio do nada, elas não param de chegar e acabo que terei de distribuir senhas para elas não se atropelarem Na disputa de chegar primeiro na porta do meu cérebro.
Vejo as ideias como os milhões de espermatozóides que correm rumo ao pódio do últero materno. A que chega fecunda e vira sei lá o quê! Se for em seres humanos, penso que foi ideia perdida, mau utilizada, esforço a toa. Mas se derrepente, ela vira num livro, numa pintura, numa música, num objeto qualquer, até em você que assim como eu, fica intrigado tentando entender de onde elas surgem, como verdadeiros cientístas da filosofia cotidiana, pode se dizer que essa ideia foi bem sucedida.
Uma ideia bem sucedida vinda do meio do nada é ao meu ver uma obra revolucionária, mesmo que não seja, cada um direciona seus ideais revolucionário para onde quiser. O meu é esse.
Eu deveria parar por aqui senão posso correr o risco de perder todas as ideias que estão desesperadamente me perturbando, mas não posso fazê-lo sem antes dizer que as ideias que não são bem sucedidas e que são milhões no mundo todo precisam ser respeitadas também, porque são elas que fazem nossa economia girar, que enriquece alguns sem ideias de sorte e deixa o meio do nada burbulhando de coisas novas para que poucos como eu e você fiquemos assim perturbados sem dar conta de atender a todas elas.
E agora termino do ponto onde comecei. Bem do meio do nada. Esse lugar esquisito, sem ocupação temporal ou espacial e que cuja missão é perseguir de forma cruel algumas mentes insanas e ociosas como a minha e a sua que lê esse texto.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

UM PENSAMENTO PERDIDO



Um fígado que queima
De dor das dores do amor
Não compreendido, não decidido, inseguro
Arde em ciúmes daquilo que se quer saber existir
Mas anunciado nas evidências que não cessam
Pelo papel com o telefone de outro alguém
Com letras redondas e lindas, convidativas
Libidinosas.
Tão reais e vibrantes que levam aos olhos o acontecimento
Do que se duvida saber se existe.