segunda-feira, 29 de outubro de 2012

DESPOETA

Sou Poeta, sim Da poesia morta Insalubre, insana Sem arte, nem nada Estéticamente subversiva Contrariada e pálida. Reprodução da inspiração pobre Impulsiva, simplista e relutente Sem pássaros, sol, azul e água Morta no cerco do pensar Limitado, preso, desorientado Em poucas células inertes Vida sem poesia, Repetiçã da vida Sem arte nem nada Estéticamente absurda Vazia de imaginação Curta, escassa e idiota Sem o cisne, as plantas, o vermelho e a terra Um prisma sem cor e luz Somente imagem de poesia morta Da poesia morta Sou poeta sim Poeta morto.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

UM COMENTÁRIO

Estou num momento bastante produtivo da vida. Há tempos que eu não me dava conta de que para sentir a vida é preciso estar envolvido com uma série de atividades, se relacionando com os mais diversos tipos de pessoas, falando sobre vários assuntos. A semana se torna curta e o peso da segunda feira se torna irrelevante. Mesmo dentro dessa dinâmica ainda encontro tempo para pensar em coisas subjetivas, filosóficas e até românticas. Hoje faz um mês que tive um encontro efêmero mas bastante forte que toma algumas horas por dia em pensamentos e esperança de me reencontrar com aquele momento e com aquela pessoa que sumiu, mas sua presença continua. Estranho essas coisas, mas elas acontecem. Assim que eu tiver um tempinho, prometo voltar aqui e relatar essa interessante experiência.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

ENTRE AMIGOS

"Um orgasmo entre amigos é muito pouco e efêmero demais para quem pode ter a eternidade das imaginações platônicas em cada encontro constante e acalorado da amizade colorida"

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O DIA EM QUE EU TRAI O MAR

" Hoje acordei pensando em você, mas logo me lembrei daquela tarde remota num sábado de dezembro passado em que eu estava sentado a beira mar e o céu estava cinza e com uma garoa fraca. Olhando o horizonte e conversando com as ondas, decidi que deveriamos acabar com tudo aquilo, já que entre nós não havia mais um só mundo e me caberia uma decisão, ainda que insegura. Naquele momento tocou na rádio local que eu ouvia pelo fone do meu mp3 a música "O Show Já Terminou" do Roberto Carlos e envolvido pela letra que parecia bastante apropriado voltei encorajado a me libertar de você. O mar me dizia que eu não deveria continuar uma farsa. Foi então que eu fiz como na música do baiano Gerônimo "Abracei e Agradeci o mar pelos conselhos". Acontece que quando eu cheguei pra te libertar de mim você me recebeu com um lindo sorriso que me desmontou e num súbito pensei que o melhor era tentar novamente e assim traí o mar sem saber que na verdade quem estava sendo traído era eu."

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

PENSAMENTO

"Quando as oportunidades estão surgindo é porque estamos em harmonia com a grande energia cósmica espiritual. Boas energias e luz do nosso querido Astro Rei que tão intensamente brilha no dia de hoje ilumine as auras, corações e mentes de todos os seres vivos desse planeta afim de construirmos um mundo de paz para todos"

quinta-feira, 24 de maio de 2012

RAPIDINHO

Eu andei nos últimos dias sem ter o que pensar, o que dizer e nem mesmo o que ver, ouvir ou ler. Estava numa inércia mental, apenas reagindo aos instintos e aos estímulos provocados por outros. Não conseguia enxergar nada além de alguns centímetros do próprio nariz. Eu estava vivendo uma outra pessoa que por ora se libertou de mim, me fazendo voltar em doses homeopáticas à minha rotina de coisas interessantes. Por enquanto o que tenho é muito pouco para expressar em tão nobre espaço, mas já é o suficiente para me permitir a adentrar novamente ao mundo das subjetividades que tanto prezo.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

RELEITURAS - FILOSOFIA BARATA


Este é o ano do quinto aniversário do blog MicroPoesiaHumana. O tempo passou e eu não percebi o tanto de coisas que tenho escrito aqui no decorrer desses anos. Para mim é uma satisfação enorme isso e para comemorar estou planejando reunir os textos e os poemas num livro e fazer um novo design para deixá-lo mais moderno e simpático. Enquanto tento patrocínio para fazer essas mudanças, vou postar alguns textos que escrevi no passado e que acho que vale a pena reler.

Este aqui eu escrevi no dia 2 de agosto de 2007.

FILOSOFIA BARATA
Derrepente a gente entra numa ilusão de que as coisas tendem a se modificar por si só, e acreditamos meio que extasiado de que seremos melhores na velhice do que na juventude, o que ao meu ver não passa de uma panacéia futurista de quem tem medo do amanhã, como se futuramente a humanidade será outra senão essa mesma na qual vivemos.
E ai me lembro de Schopenhauer, quando diz " somos apenas um ponto, dentro de um pequeno planeta perdido na imensão do universo". Infantilidade a nossa, acharmos que essa mesma humanidade não nos acompanha ao longo dos nossos anos que nos enfraquece lentamente, tornando nosso caminhar cada vez mais penoso, a ponto de recorrermos a nossa terceira perna, antropológicamente falando, da qual todos nós bestializados estamos fadados. Alguns enfeitam as com ouro, outros apenas madeiras de baixa qualidade. Tão fragéis quanto as próprias pernas. Sem falar naqueles que nem a terceira perna são capazes de manusear, acabam em rodas mecanicas.
Não acho que isso desmerece nosso conhecimento, mas ele fica pormenorizado perante nossa fraqueza física e mental, que nos leva a rejeitar os próprios olhos e a negar a própria existência. Mas incapaz de se aceitar dentro de uma realidade que já não nos pertence e o do pouco que ainda detemos, somos ignorantes de engrandecê-los, se gabar em vantagens aos que correm alienados numa humanidade renovada, cujo fim, será o nosso. Que maldição essa!
Alguns acreditam em Deus, outros na Ciência, os mais espertos em nada. Pois o nada é a razão de tudo e é nela que tudo se constrói. Eu sou fruto do nada, a nadificação de Sartre! Não quero me preocupar com esse amanhã que nada mais é do que o reflexo de hoje, perdido em horas mortas. Viverei dentro do meu tempo, mesmo que meu tempo seja ontem e o hoje seja simplesmente a construção do ontem, ou seja a minha razão.

SEU AURÉLIO NOS AJUDE, QUEREMOS FÉRIAS DE VERDADE!


Férias! Um número de dias em que se suspende o trabalho oficial para descanso. Só isso? Não seu Aurélio! Férias tem que ser algo mais que isso, o senhor por favor pode acrescentar nesse seu dicionário mais algumas coisinhas. Tipo Assim, Férias um número bem grande de dias em que se suspende o trabalho oficial não desejado por tempo indeterminado para descanso alternado com dias bastante cansativos de lazer, praia, sítio, viagens, compras e prazeres. Diz aí também seu Aurélio, eu sei que não é a sua função ficar ouvindo reclamações de quem não se contenta com o seu reducionismo para férias mas colabore conosco se o senhor não for nenhum capitalista liberal como nós, ok?
Seu Aurélio, eu vi que o senhor define no seu dicionário que preguiça é aversão ao trabalho. Não é não, pode colocar lá que é direito. E o senhor sabe que sua explicação de direito é densa, então faça valer as suas palavras e a inclua na preguiça, por favor!
Enquanto o senhor não nos ajuda, teremos que continuar nos contentando com os trinta dias por ano somente para descanso mesmo. O meu pelo menos acaba hoje. De volta ao trabalho e bom ano pra todos nós!