quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ENQUANTO NÃO CHORO


 De novo cai numa armadilha e estou aqui chorando as pitangas por ter sido imprudente ou aventureiro. Logo cedo terei que cumprir minhas obrigações profissionais e agora são pouco mais de quatro da manhã, horas essas que me pego a analisar minha capacidade de ser hostil e fraco diante de certas situações.
 Não sei se o leitor está interessado em saber das minhas intimidades, também não é objetivo deste texto expor minhas burrices, mas sim desabafar e refletir sobre o que eu quero de mim para as próximas horas, dias, meses e anos.
 Novamente me sinto traído pelas minhas expectativas e deságuo em tristeza. Uma angústia que toma meu coração e a certeza de ter perdido a aposta de uma aventura. Tento chorar e não consigo. Creio que se ao menos uma lágrima descesse do meu rosto eu ficaria melhor. Palavras são como flexas certeiras que atingem e sangram o sentimento. E o choro reprimido me forja a sentir raiva e aumenta a sensação de mágoa.
 Não dá pra escrever muito sobre algo que ainda queima porque a gente não consegue medir o que restará, a única certeza é que cinzas terão e a fumaça que sufoca deixará sequelas. Mas para hoje não consigo discernir mais nada, apenas um desabafo mal entendido de quem não consegue chorar.