segunda-feira, 29 de outubro de 2012
DESPOETA
Sou Poeta, sim
Da poesia morta
Insalubre, insana
Sem arte, nem nada
Estéticamente subversiva
Contrariada e pálida.
Reprodução da inspiração pobre
Impulsiva, simplista e relutente
Sem pássaros, sol, azul e água
Morta no cerco do pensar
Limitado, preso, desorientado
Em poucas células inertes
Vida sem poesia,
Repetiçã da vida
Sem arte nem nada
Estéticamente absurda
Vazia de imaginação
Curta, escassa e idiota
Sem o cisne, as plantas, o vermelho e a terra
Um prisma sem cor e luz
Somente imagem de poesia morta
Da poesia morta
Sou poeta sim
Poeta morto.
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