domingo, 4 de janeiro de 2015

SOBRE 2014

Aproveito o 1º post de 2015 para fazer uma reflexão e um breve balanço do ano que acabou. Eu bem poderia ter feito nos últimos dias de dezembro, mas num acho muito apropriado fazer essas coisas antes do último minuto. Faz muito tempo que não escrevo nada de relevante ou que cause ao menos sensações prazerosas, as crônicas tem sido cada vez mais escassas. Isso não é porque eu não tenha tido assuntos. Eles sempre brotam como capim. Acontece que me faltava a solidão. Ela é alimento do meu pensar e eu tive que viver cercado de pessoas a todos os instantes
no ano passado. Ossos do ofício. Eu ia dizer que não tive um ano muito bom e me queixar pelas milhares de coisas que deixei de fazer, de tantas outras das quais fui imprudente e por fatos e pessoas que eu deveria ter evitado. Mas num súbito, mudei de ideia e resolvi falar apenas de coisas que marcaram minha caminhada nesse período de 2014. Tive um início de ano fenomenal de pura paixão. E ela bem que perdurou até recentemente. No trabalho fui bastante aquém do que eu poderia ter realizado, mas dentro do que foi possível não desapontei. Dos amigos eles continuam ai, dos inimigos aumentou um pouco,confesso. Mas eles são resultados das minhas atitudes, então não reclamo. Fui bastante coletivista, comprei brigas que muitas vezes me deixaram uma com dívidas pessoais enormes, fui traído também. Acreditei em pessoas e projetos que na sua maioria não me incluía. Um verdadeiro idiota eu fui. Porém, não me arrependo dessas coisas porque me fizeram crescer e me valorizar mais. Para esse ano eu já estou noutras perspectivas. Muito mais egoístas, egocentristas, individualistas e por isso muito mais ambiciosos. Não tenho vergonha de dizer, até o ano passado eu vivi para os outros, então creio que minha cota de ajuda coletiva já foi preenchida e eu estou ficando cada dia mais velho e preciso tomar um rumo para o meus anos futuros. As pessoas pensam assim, eu que custei a aceitar. Minhas convicções ideologicas, minhas filosofias não mudarão, mas minhas ações nem sempre estarão alinhadas a elas, porque elas não fazem parte deste mundo cruel e eu acabo de entrar nessa crueldade. Devo passar por várias situações adversas neste novo ano, mas enfrentarei ela como um verdadeiro ser deste mundo, cruel.

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