terça-feira, 26 de agosto de 2008

SE DESILUDIR NEM SEMPRE É RUIM

Passo por uma fase da vida em que tudo me cabe como experiência. Aprendi tirar lição das coisas que me acontece, seja ela por mim provocada ou casualmente ocorrida. Acho que deve ser esse o peso dos trinta anos, saber encarar as coisas sem grandes choques.
Outro dia mesmo fui surpreendido por uma desilusão que se tivesse me acontecido aos vinte anos, certamente eu estaria mergulhado numa profunda depressão, vivendo uma dramaticidade daquelas de novela. Estaria me arrastando em lágrimas. Talvez até me trancaria num quarto escuro e não me empolgaria para mais nada na vida.
Alguns amigos meus ao saber do ocorrido - que me desculpem os leitores curiosos, mas não vale a pena transcrevê-lo aqui - me disseram que isso aconteceu para eu aprender. Mas quem disse que nós seres humanos aprendemos alguma coisa com erros?
Para mim o erro é só mais uma experiência. Ele não me impedirá de comete-lo novamente a não ser que eu seja covarde o suficiente para não ir em busca das coisas que acredito que me serão boas ou satisfatória. Nenhuma ação vem com selo de acerto ou erro.
Por isso é que me vejo na condição humana de respirar fundo, engolir o choro, olhar para frente e dizer no popular "Me fodi!" sem grandes dramas ou ressentimentos. Apenas uma náusea ou falta de entendimento, mas nada de se enterrar na desilusão como se ela fosse o fim da vida.
Para ser sincero não quero nem entendimento do que ocorreu, apenas passou me deixando o tempo como testemunha e a legitimidade de dizer para outros que possívelmente cairão nessas armadilhas de falar "Eu já passei por isso" e fazer o papel do amigo consolador.
No fundo acho até que fiquei feliz por ter acontecido isso, pois foi a certeza de que estou mais maduro para enfrentar novos desafios e que a vida tem muito a me oferecer seja de acertos, erros ou simplesmente prazer.
Viva a vida, porque viver é buscar a felicidade e como ela não vem com selo a gente fica com as experiências.