sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO!


Queridos Amigos,
Mais um ano que se acaba e eu me sinto orgulhoso de poder ter mantido este vínculo com vocês meus leitores e ao mesmo tempo sei que deixei muito a desejar já que nem sempre foi possível dar uma maior atenção ao blog.
2010 foi um ano atípico na minha vida. Cheio de crises e conflitos internos, externos, buscas e incompreensões. O tempo passou e eu sequer percebi, apenas acompanhei e me movimentei conforme as situações me levavam. Faltou um pouco mais de determinação, segurança e até uma certa auto-confiança.
Eu queria escrever algo melhor elaborado mas estou sem inspiração poética e por isso digo com toda a simplicidade da escrita cotidiana o bom e velho ditado "Não há mal que dure para sempre", no entanto, estou confiante no ano que começará daqui a pouco e quero passar esse otimismo a todos vocês que me acompanham.
Faço minhas preces aos orixás que tanto amo e que fazem da minha fonte o meu refúgio para que eles iluminem o ano novo de todos.
FELIZ ANO NOVO!

domingo, 26 de dezembro de 2010

UMA OBSERVAÇÃO SOBRE O NATAL



Ontem foi Natal.Uma festa com muita comida e bebida, presentes,desfile de modas,alegria exacerbada, fogos, músicas altas que se misturavam matando o silêncio da noite que deveria bater o sino pequenino de Belém. Imaginem se ainda o sino batesse, ninguém ouviria. É a tal noite feliz onde o menino Jesus deveria dormir serenamente. Mas as ruas estavam cheia de gente fazendo o máximo de barulho possível. Papai Noel vai ficando cada vez mais em segundo plano, o que não deixa de ser um alívio para as crianças que não ganham presente nesta data porque o tal bom velhinho não dá conta de entregar todos eles e sempre começa pelos mais ricos.
A missa do galo já nem sei se existe mais porque ninguém pára e assiste. Preferem se divertir ao som de Ivete Sangalo. Acho que o Natal está virando uma grande festa pagã. Não vai ser de espantar se vermos daqui a alguns anos um desfile de Natal com escolas de sambas e mulatas se exibindo em nome da paz universal. Enfim, para os que apreciam desejo UM FELIZ NATAL!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

UMA SUGESTÃO - LEITURA DO BLOG DO TIAGO


Eu estava lendo o Blog do Tiago e encontrei um texto muito interessante que ele escreveu no final de 2009 e que muito me tocou pela reflexão que ele propõe. O blog do Tiago foi um dos primeiros que eu coloquei na coluna do Vale a Pena Acessar e sugiro aos meus leitores que o visitem porque ele é muito interessante.Parabéns meu querido amigo Tiago pela sensibilidade e talento para escrever. Leia abaixo:

31/12/2009 - 19:09:34



Para os que vierem a me amar em breve...

"É melhor ser desprezado por viver com simplicidade do que ser torturado por viver em permanente simulação." (Sêneca)

E complemento dizendo que pior ainda é não desejar ou não se permitir ver a Vida por outro ângulo e se torturar mantendo uma simulação de Ser realizado. Mais ou menos que nem a estória do cachorro que se deita sempre em cima de um mesmo prego, sem reclamar, pois a casinha é confortável e ao menos lá dentro não chove...

Isso é terrível... Coisas que tentamos salvar muitas vezes não merecem ser salvas.

Eu adoro citações, embora confesse que, Santo Google, algumas vezes não saiba muito sobre o autor em questão. Não é o caso dessa vez e tem se tornado cada vez mais raro não saber nada sobre determinado suposto autor. Foi assim que surgiram nomes que passaram a fazer parte da minha memória e em tempos de rapidez no acesso à informação só não aprende quem não tem banda larga... Além disso eu leio muitos livros, sobre tudo o que me interessa e também sobre algum assunto que não me interesse tanto. Penso que preciso saber sempre mais e incentivo as pessoas a fazerem o mesmo. Saber não ocupa espaço. É do meu perfil essa coisa do conhecimento.

E foi esse o foco da minha Vida em 2009 - estudar, ler e pesquisar, fazer cursos que me trouxessem uma nova visão de mundo. Buscar compreender o outro. Em especial no segundo semestre quando passei a ter mais tempo para mim, após me desligar de um emprego que vinha há algum tempo me consumindo a doçura e o prazer dos dias.

Nesse aspecto 2009 foi espetacular.

Penso que quando a gente se propõe a ampliar a nossa visão do mundo, buscando a compreensão de pontos de vista discordantes, começa a perceber que há muito mais do que se imagina e se questionar o quanto desnecessário pode ser argumentar as nossas supostas verdades. Ou rebater os argumentos dos outros... Que essas divergências podem ser complementares ao nosso modelo de Vida.

Se eu estiver sempre com as mesmas pessoas, fazendo as mesmas coisas, por mais que goste delas, acabo fadado a estagnação. E essa palavra me dá calafrios. Quando a gente busca sair da zona de conforto é um bom sinal. E infelizmente conheço muita gente que cristalizou, faz as mesmas coisas há décadas e está cada dia mais infeliz, reféns que se tornaram de si mesmas. Mas que muitas vezes não admitem isso...

É do meu perfil gostar de conhecer pessoas novas. E é uma habilidade que tenho encontrar o tom certo ao tratá-las. Nem sempre acerto, é lógico, muitas vezes dou foras homéricos e erro feio. Tenho várias tribos, em algumas sou eu mesmo e nas outras também. Pois o "eu mesmo" tem muitas faces, todas reais.

Nem sempre encanto, às vezes espanto com a minha visceralidade, mas como disse um amigo uma vez: "Passar pelo Henrique e não ampliar a visão de mundo é impossível".

Ame-me ou deixe-me em paz, pois é também do meu perfil me enjoar de algumas pessoas. Perdeu minha admiração já elvis! E esse meu enjoar pode demorar quinze minutos ou vinte anos. Nada é para sempre. De tempos em tempos faço mesmo uma limpa, uma limpa no armário me livrando de roupas que usei no passado e que não me caem mais bem. Assim livro cabides para roupas novas e que reflitam o meu momento atul. Da mesma forma uma limpada na agenda de vez em quando vai bem.

E 2009 foi um ano de rever com quem eu quero estar. Deixei de ira a festas por não querer estar com aquelas pessoas, deixei de ligar para quem não me importa mais, deixei de lado aquele aborrecido tom do politicamente correto, liguei o foda-se e segui meu caminho, deixei para trás hábitos que não condizem mais com o cara que sou hoje.

Isso é evolução. Esse ano foi um ano de surpresas, algumas bem doloridas, mas foi um ano de reiterar o "eu sou".

E por conta dessas e de outras estarei entrando em 2010 melhor do que entrei em 2009. Que já foi melhor que 2008. Estou com a alma mais leve, com bem menos culpas e com poucos, bem poucos rancores. Embora aos olhos dos descartados eu seja o rancor em pessoa.

E essa limpeza mental me faz crer que serei amado por muita gente em 2010.

Algumas eu sequer conheço.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

RELEITURA - A MORTE DE CADA MINUTO


A 2 anos atrás eu escrevi um post onde citei Clarisse Lispector e o sentido do morrer ou então os vários sentidos do "morrer". Achei ele muito interessante porque me parece muito atual e então resolvi postá-lo novamente para que os leitores mais novos tenham a oportunidade conhecê-lo. É uma retrospectiva de 2008.

A MORTE DE CADA MINUTO
Dias desses eu estava pensando numa frase que hoje voltei a lembrar. A escritora Clarisse Lispector certa vez disse numa entrevista o seguinte, "Eu morro. Toda vez que não escrevo, eu morro. E hoje estou morta!". Eu nunca mais esqueci essa cena e essas frases.
Comecei a perceber, diante das palavras proferidas pela escritora, que eu morro a cada dia por deixar de fazer o que quero, de atender as minhas vontades, minhas luxúrias, saberes, minhas honrarias dignas e até as minhas vaidades. Como eu morro quando não sou capaz de me identificar com aqueles que se assemelham tanto a mim. É, essas são frases que nem sempre fazem tanto sentido como deveriam, mas nos joga na fogueira do pensamento ou dos pensamentos em busca de diáfanas explicações mundanas.
Mas para os que bem sabem da morte e não se deixam levar pelo seu sentido de perda, o nascer é que acaba se tornando o grande mistério.
Uma fonte de onde se brota a cada momento uma nova vida e é de vida que vivemos e talvez eu conclua, diante desse pensamento nem tão organizado como se pretendia, que se eu morro a cada instante em que não consigo me realizar é porque a cada instante existe um nascer cheio de vida querendo me tomar e que pela perfeição universal eu sou limitado, ou seja, pouco espaço para muito mundo. Então, para que um novo mundo me entre, com seus mistérios e saberes, devo me admitir a morrer. Sempre!