sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
POESIA - ALMA NO ARMÁRIO
ALMA NO ARMÁRIO
De tantas coisas me prendi
Pensava me libertar para novas experiências.
Para sufocar a solidão. Guardei a alma no armário.
Enfraqueci o coração e dei vida à ilusão.
Acreditei nas batidas e respirei cada vez mais fundo.
O ar falso travestido de lua cheia me enganou.
Soltei gritos de amor verdadeiro na luz fraca
Da liberdade que se esvaiu
Como o líquido vermelho, quente e lúgubre
Passando por entre os dedos
O céu se tingiu numa mancha
Escura como a vida
Despejado no chão duro
como o mundo e a alma no armário
sufocada, trancafiada. Triste e enganada.
LUIZINHO BRITO
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