quarta-feira, 31 de outubro de 2007
UM SONHO MALUCO
No começo achei interessante, apesar de não gostar muito de futebol. Talvez seja esse clima de ufanismo e euforia que a mídia está promovendo por conta da Copa de 2014 ser no Brasil.
Num deternado momento eu me enchi daquilo, desliguei a tv e liguei o rádio na rádio eldorado am, pra ouvir o noticiario e ai consegui dormir.
Mas foi aquele sono perturbado, onde as noticias parecem criar imagens e então, me vi dentro do morumbi lotado para assistir o jogo do São Paulo, coisa que seria impossível na realidade já que não é o time pelo qual eu torço, e ao mesmo tempo me aparecia uma mulher com quatro crianças que se jogava pela janela de um prédio de cor areia, acho que do quinto andar. Ela caiu no chão junto com os recém-nascidos, mas ninguém se feria ou morria, para meu alívio. Ao mesmo tempo uma tv que surgiu não sei de onde, mostrava um prédio incendiando, num clima de pânico parecido com aquele do onze de setembro. E pra finalizar, me aparece a Fátima Bernardes, toda eufórica, ostentando uma faixa presidencial, bastante sorridente, falando que o Brasil sediaria a copa de 2014.
Não sei mais o que aconteceu depois disso, só sei que acordei cansado pra começar minha rotina.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
A INSPIRAÇÃO VEM DE ONDE?
Existe uma dificuldade em aceitar isso, mas as melhores histórias, os melhores contos e poemas, são aquelas feitas na companhia de vinhos, músicas tristes, melancolias e um puta sentimento de que a vida não presta. Eu particularmente não tenho o hábito de escrever quando estou extasiado em alegria. Muito pelo contrário, quando meu estado emocional atinge algum tipo de frisson viro um verdadeiro palhaço. Não consigo escrever nada profundo, nada que remeta alguma reflexão, ou sendo mais franco, nada que faça os outros chorar. Talvez por isso, eu não seja artista. Me falta o dom de iludir, ou de mostrar um sentimento quando na verdade sinto outro.
sábado, 20 de outubro de 2007
O importante é falar desse mundo de ilusão que criamos para nos preservar nossa conduta e isso gera o que Durkheim chama de solidariedade orgânica. Todo mundo controla todo mundo.
Hà muito tempo que estou descontrolado, sem eufemismo, para me preocupar com o controle dos outros. Prefiro me reter a simplesmente olhá-las, sem saber quem são. Já que nem eu sei exatamente quem sou nesse momento. Pra completar uma frase:
"Ser normal numa cidade como São Paulo é loucura!"
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Eu sempre achei que o bloqueio intelectual é uma consequência de situações emocionais mal resolvidas, nunca vi situações emocionais bem resolvidas p0r longo tempo, o que não me impede de vir aqui relatar algumas reflexões que surgiram depois de alguns fatos.
Me vi tendo que analisar um flagra, acontecido de maneira atabalhoada, mas que me colocou uma dúvida de como agir em momentos de constrangimentos. Bem, na minha análise, acabei concluindo que, constragimentos são coisas que estão na nossa moral e que quando sentimos que a perdemos, pra quê se preocupar com o constrangedor. Então, dei uma risadinha e pensei:
Foda-se!
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Convite
Lya Luft
N�o sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
N�o sou apenas a pedra que rola
nas mar�s do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou constru��o e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mist�rioA quatro m�os escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a s�rio.
Em entrevista a Paulo Eduardo de Vasconcellos, na revista "Veredas", ao ser perguntada sobre o que � seu novo livro, respondeu: "N�o sei. Come�o exatamente perguntando que livro � este. N�o � um ensaio porque n�o sou acad�mica. N�o � fic��o porque n�o � inventado. � o resultado de id�ias que v�o surgindo, de novas linguagens, novas coisas a serem ditas, mas ainda sem nome. N�o sei o que �. � pensamento talvez, n�o sei explicar. A semente foi uma vontade de escrever sobre a maturidade. Vivemos numa sociedade que por um lado tem coisas dram�ticas e tr�gicas, e por outro est� imbu�da de uma futilidade angustiante. N�o s� das mulheres na busca da eterna juventude — algo pobre, triste. As pessoas passam a n�o saborear os 40 anos, os 60, t�m pavor dos 70, aos 80 j� gostariam de ter morrido. S�o como um carro rodando com os far�is voltados para tr�s."
Extra�do do livro "Perdas & Ganhos", Editora Record - Rio de Janeiro, 2003, p�g. 12.
Aliás, de uns tempos pra cá, tem acontecido coisas excêntricas na minha vida, seja pelo maior empenho no trabalho, ou pela mesmice daquilo que nunca acontece, de uns tempos pra cá, a rotina tem sido cada vez mais inconstante e imprevisível.
Peço mil desculpas por ter abandonado temporáriamente este querido blog, mas existem desafios na vida da gente que solicitam grandes concentrações e praticamente tempo integral, o que me impede de atualizá-lo com maior frequência.
Assim que eu conseguir pensar em algo que não seja o trabalho, prometo postar algo bem legal. Aliás, assunto é o que não falta.
Um grande abraço a todos!