segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

O ROUBO INUSITADO

Estou acompanhando com certa curiosidade, mas sem me aprofundar no caso também curioso do espetacular roubo das obras de Cândido Portinari "O Lavrador de Café" e de Pablo Picasso " O Retrato de Suzanne Bloch". Ambas são as mais importantes que estavam no MASP e foram levadas em menos de 3 minutos.
Sei que o caso é lamentável, mas nada que me privê de imaginar algumas situações, tal como, um jovem viciado tentando vendê-las a preço de cinco reais numa favela da zona norte de São Paulo para comprar 100 gramas de cocaína. E olha que mesmo a 5 reais, ele teria dificuldade em se livrar das obras, até porque o que se entende por obra de arte nesses lugares se resume nas réplicas artesanais da "Santa Ceia", ou nos quadrinhos de flores, frutas, Jesus Cristo, ou coisa do tipo.
Imagino a cara de Suzanne Bloch, que a essa altura do sequestro deve estar com aquela cara de desaprovação e de nojo, dizendo "isso não vai ficar assim seus ladrõezinhos pés de chinelos, vocês sabem que sou eu? E ainda me botam ao lado desse vassalo lavrador! Já não chega a humilhação de ter de ficar tanto tempo no Brasil!"

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