Por Andrea Welsh
BRASÍLIA (Reuters) - A Petrobras acertou a venda das duas refinarias que possui na Bolívia para a estatal boliviana YPFB por 112 milhões de dólares, informou nesta quinta-feira o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.
"Chegamos a um entendimento entre Brasil e Bolívia", afirmou o ministro. Ele informou que a Petrobras sugeriu o preço, aceito pelo ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas.
"Foi um negócio justo, foi um preço justo que as duas partes aceitaram", afirmou.
A Bolívia tem um prazo de dois meses para acertar o pagamento, e o ministro brasileiro disse que os dois governos ainda discutem se parte dele será feita em gás.
A decisão de venda das refinarias da Petrobras para a YPFB foi tomada depois que o governo boliviano nacionalizou o setor de hidrocarbonetos e impediu exportações pelas duas unidades da estatal brasileira.
Adquiridas por 102 milhões de dólares pela Petrobras em 1999, elas processam, ao todo, 40 mil barris diários, segundo a estatal. A empresa não divulga o lucro das refinarias.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, havia dito horas mais cedo que a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações foi fundamental para um final feliz.
Segundo o ministro, no entanto, Lula não teve influência no valores da negociação.
"O presidente Lula não entrou na questão de preço. Desde o início, o presidente sempre apoiou a posição da Petrobras", afirmou Rondeau.
Segundo a imprensa boliviana, a nacionalização decretada no domingo representaria o ingresso diário de 200 mil dólares para o país.
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