sábado, 16 de junho de 2007

Segue abaixo o poema do meu mais novo amigo virtual Mozart André, escreve coisas bem interessantes e é um intelectual de primeira

O SILENCIO
Mozart André

O pranto,
Que brota do martírio a protestar,
Faz o olho umidecer de tanta lágrima,
Porém, o silêncio basta a acalmar,
E mais nada fortalece essa tristeza;
De calado, o coração mostra que é vivo
E convoca do poeta a sua fraqueza
Tão vasto e inebriado a declamar;
Monta um poema tão insípido, tão gris,
Mas a tristeza que o corrompe ele não diz;
O silêncio ainda se faz por algum tempo,
É a fortaleza onde o pranto se esconde;
Quer o poeta arrancá-lo lá de dentro,
Porém, o coração não o responde;
O silêncio é o que consente o teu estado,
E aquiece a esperança de ser livre;
A poesia, por sua vez, é o retrato
De um poeta que de triste ainda vive.
[O silêncio]

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